O que desperta interesses e curiosidades de empresas do porte como: Accenture, Cisco, Samsung, Huawei, Nokia, Ericsson, Qualcomm, Tesla, Enel X, Bosch, Volkswagen, ABB, Apple, Amazon, Microsoft, Google, IBM, Claro, Deloitte, Vivo, Nvidia, TIM, dentre outras, para as cidades inteligentes?

Autor:  Prof. Dr. André Luis Azevedo Guedes – Smart Cities Expert – UFF/UNISUAM

Os projetos de Smart Cities são reais no Brasil e no mundo. O olhar aguçado das grandes corporações e a variedade de financiamentos internacionais disponíveis podem ser citados como molas propulsoras deste novo mercado, um novo oceano azul, já tradicionalmente conhecido pelas visões de inovação dos autores Mauborgne e Kim.

Fontes de recursos como a União Europeia (EU), o Banco Interamericano de Desenvolvimento (IADB/BID), o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), o Banco de Desenvolvimento da América Latina (CAF), o Banco Mundial (World Bank Group) traz às empresas e aos governos um novo desafio: como as corporações que atuam nos Estados e Municípios devem modelar seus “business cases” para atender um mercado estimado em bilhões de reais e que pode gerar melhoria real na qualidade de vida das populações?

A conexão entre o global e o local – também chamado por mim, carinhosamente de GLOCAL – é uma janela única de oportunidades, pois todos se digitalizaram em algum grau, uns mais e outros menos, assim como as organizações. Diante desta digitalização “forçada”, o mercado baseado em tecnologias digitais cresceu exponencialmente e as empresas deste setor foram e ainda são as que mais crescem.

Vivemos uma pandemia, mas é na baixa dos preços para investimentos no Brasil que há a entrada de recursos estrangeiros para aqueles que se planejam, seja no caso da iniciativa privada ou dos governos em seus diversos âmbitos para prover melhor qualidade de vida.

É sabido que que as cidades mais inteligentes são feitas de pessoas e não são compostas exclusivamente por novas tecnologias, mas também por uma agenda sustentável integrada, em linha com o conceito de “environmental, social and corporate governance” (ESG), além da Agenda 2030, aonde os países signatários das Nações Unidas (ONU) deveriam estar engajados no seu cumprimento.

A latente viabilização das tecnologias 5G tendem a aumentar a pressão pelas Smart Cities, pois apesar de não ser um processo simples, há carências de coberturas em muitas áreas geográficas que precisam ser atendidas pelo tradicional 3G ou 4G.

Como nos portarmos neste cenário? Considero que as tecnologias só possuem serventia se forem aplicadas para melhorar a qualidade de vida dos cidadãos.

Neste ponto, as grandes empresas começaram a perceber valor nestas soluções, afinal, todos nós desejamos um transporte mais rápido e limpo, mobilidade eficiente, uma saúde pública de qualidade, a constante medição dos riscos urbanos, um planejamento urbano conectado as melhores práticas internacionais e que gere crescimento local, observadas às questões estratégicas e de governança.

O futuro é agora. Como reimaginar nossas cidades e empresas diante de tanta destruição trazida pela pandemia? Se pudesse opinar, apostaria na educação e na inovação da infraestrutura considerando uma retomada econômica, com planos e ações de curto, médio e longo prazo.

Acesso da matéria na integra através do link: https://netebrasil.com/a-utopia-realmente-existe-quando-pensamos-em-cidades-mais-inteligentes/

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