Por: Leonardo Moreira de Oliveira

As Redes Blockchain podem ser de grande utilidade nas Empresas e nas Cidades Inteligentes  sempre que houver processos nos quais estejam presentes:

1. Um conjunto de pessoas, empresas ou agências interligadas e necessitando fornecer atualização e/ou consultar o status sobre um ativo;

2. A necessidade de criar confiança entre as partes e garantir que suas ações estão sendo registradas e validadas;

3. Vários intermediários que aumentam o tempo gasto, o custo e a complexidade do processo;

4. A necessidade de Imutabilidade. A garantia de que os dados provenientes das várias partes sejam fidedignos.

Para avaliar a aplicabilidade da tecnologia Blockchain a um determinado Negócio, podemos fazer as seguintes perguntas:

  • Eu tenho um ou mais recursos que quero rastrear?

Há algo que me interessa e que quero acompanhar. Esse ativo pode ser tangível ou intangível, por exemplo:

  • Produtos alimentícios, remédios;
  • Informações médicas pessoais;
  • Impostos (IPTU, IPVA);
  • Propriedade intelectual;
  • Carro;
  • Certidões ( nascimento, casamento, óbito).
  • Eu me preocupo com a evolução / ciclo de vida de um ativo?

Não é suficiente saber o estado atual de um ativo. É importante ser capaz de ver o histórico de um ativo e como ele evoluiu ao longo do tempo.

  • A evolução / ciclo de vida de um ativo é regida por regras e processos bem definidos?

Um ativo da minha empresa evolui ao longo do tempo de acordo com regras e processos bem definidos.

  • Eu sou a única voz da verdade para perguntas sobre um ativo?

Um ativo evolui ao longo do tempo passando por diversos Atores. Isso significa que sou, provavelmente, um dos muitos custodiantes deste ativo durante certas partes de um processo maior e coletivamente compartilhado.

O site ComputerWorldUK publicou um estudo de como os Governos estão utilizando BlockChain em 13 países. O que mais chama a atenção é a variedade de uso da tecnologia. Exemplos:

China

O país tem feito grandes esforços para para se tornar uma potência na Tecnologia utilizando o poder das parcerias público-privadas. Os exemplos incluem o trabalho da Alibaba com a cidade de Changzhou para proteger dados de saúde e a Tencent construiu uma plataforma de logística com a Federação Chinesa de Logística e Compras.

As empresas de criptomoeda não receberam o mesmo suporte. A China estava se tornando líder neste setor até que o governo proibiu as trocas de criptomoedas e ofertas iniciais de moeda (ICOs) em setembro de 2017, provocando uma repressão que levou uma série de negócios em moeda digital a se realocarem.

Inglaterra

Utilizado para rastrear a distribuição de carne e garantir a conformidade no setor de alimentos. Também foi analisado no registro de terras e compra/venda de imóveis

Estonia

A Blockchain fornece a espinha dorsal do renomado programa e-Estonia, que conecta serviços governamentais em uma única plataforma digital. O projeto integra uma grande quantidade de dados confidenciais dos registros de saúde, judiciário, legislativo, segurança e códigos comerciais, que são armazenados em um livro-caixa para protegê-los de corrupção e uso indevido.

A Estônia começou a testar a tecnologia de contabilidade distribuída em 2008, antes que o white paper Bitcoin, que primeiro cunhou o termo “blockchain”, tivesse sido publicado. A Estônia apelidou a tecnologia de “hash-linked time-stamping” na época.

O estado báltico passou a desenvolver uma tecnologia de blockchain chamada KSI, que protege as redes, sistemas e dados do país. O sistema KSI fornece um sistema de segurança formalmente verificável para o governo que pode funcionar mesmo sob constante ataque cibernético, e agora está disponível em mais de 180 países.

Dinamarca

Em 2014, a Aliança Liberal tornou-se o primeiro grande partido político do mundo a votar usando a tecnologia blockchain.

O partido atualmente faz parte de um governo de coalizão de três partidos na Dinamarca, e continua a usar blockchain para dar poder às eleições internas que realiza em sua reunião anual em um subúrbio de Copenhague.

Venezuela

Em outubro de 2018, o presidente venezuelano Nicolas Maduro lançou o Petro, a primeira moeda digital do mundo emitida por um governo federal. O objetivo é fornecer uma alternativa para a moeda do país, o Bolívar Soberano, restringir o mercado negro e contornar as sanções às transações financeiras.

Contatos:

Leonardo Moreira – lmoliveira@mettricx.com


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